18 Aug 2023

Tone Partner: Jason Sadites

Saiba mais sobre o criador, sua coleção de equipamentos e planos para o futuro

O próximo da nossa lista de Tone Partners é Jason Sadites.

Perguntamos a Jason sobre sua jornada como guitarrista profissional, seu interesse em ensinar, e como ele veio a produzir suas Coleções TONEX, as quais estão disponíveis na ToneNET para testar e comprar AQUI.

Saiba mais sobre Jason Sadites:

IK Multimedia: Você criou várias coleções para o TONEX Marketplace. Por que você escolheu estes amplificadores?

Jason Sadites: Para os meus lançamentos iniciais estava focando no que eu sinto que são alguns amplificadores verdadeiramente clássicos que cobririam uma série de bases tonais para os músicos. Eu realmente quero ser capaz de oferecer timbres que não serão úteis unicamente para um estilo de música mas sim oferecer uma verdadeira variedade de timbres.

IK: Você usa muitos produtos digitais de guitarra diferentes. O que te atraiu no TONEX?

JS: Eu amo a ideia de ser capaz de capturar Tone Models usando um computador que eu já possuía com um software tão razoável em preço. Assim que ouvi como soava realmente incrível e como os Tone Models eram fiéis ao amplificador de origem, me convenci. Junto veio o TONEX Pedal e agora podíamos usar esses Tone Models ao vivo e nos ensaios, etc., tudo por um preço que me pareceu bom demais para ser verdade.

Jason's gear

IK: Qual é a sua abordagem para chegar nos timbres para o TONEX?

JS: Eu apenas uso meus mais de 30 anos de experiência gravando e mixando guitarras para fazer o meu melhor e chegar nos timbres que vão representar um ponto inicial incrível para um músico centrar seu equipamento em volta.

IK: Alguma dica para aqueles que querem começar a capturar seus equipamentos?

JS: Eu diria ao pessoal para comprar um ótimo microfone. Isso nem sequer significa um microfone caro. Eu sou um grande fã de microfones de fita e amo trabalhar com eles e amo a sensação "natural" e a resposta que eles dão. Mas, tendo dito isto, algo barato e simples como um SM57 PODE trazer ótimos resultados. A razão pela qual eu enfatizo que PODE é porque o posicionamento do microfone é a chave. Eu acho que muitas pessoas não prestam atenção suficiente em encontrar a posição perfeita do microfone para o som que estão tentando obter.

IK: Você tem alguma nova coleção em produção?

JS: Sim, eu tenho. MUITAS mais estão por vir!

IK: Vamos voltar ao início. Quando você começou a tocar guitarra e por que a guitarra?

JS: Eu comecei a tocar guitarra em 1984 com 10 anos. Minha tia havia deixado seu violão clássico em casa onde ficou sem uso por muitos anos. Ele vinha junto com o método de violão Book 1 e por causa de meu pai comecei a estudar o básico daquele livro do meu jeito. Eu insisti nele e aqui estamos agora.

IK: Quais foram suas primeiras influências e por que?

JS: A primeira coisa que ouvi que realmente me acendeu uma luz foi querer tocar o solo de Eddie Van Halen do álbum Thriller do Michael Jackson. Eu mal podia entender o que ele estava fazendo naquela época, mas havia algo naquele solo que falava comigo.

Logo após isso, eu comprei minha primeira revista de guitarra, a qual se minha memória não falha, foi a edição de Fevereiro de 1985 da Guitar Player com Al Di Meola na capa. Assim como qualquer um daquela época se lembra, aquelas revistas incluíam a gravação da "Soundpage". Essa soundpage em particular trazia Al mostrando como tocar pequenos trechos de algumas escalas e eu fiquei enlouquecido com o quão rápido e limpo ele podia tocar aquilo. Mal consigo dizer quantas horas eu passei trabalhando naqueles trechos de escalas e tentando chegar na velocidade de Al.

IK: Qual foi sua melhor e a pior gig?

JS: Foram tantas ao longo dos anos que é difícil dizer uma em particular. Uma das mais legais e desafiadoras foi quando toquei guitarra para um cantor chamado Fernando Varela que havia sido finalista do America's Got Talent. Eu tinha recebido partituras para o show uma semana antes, na qual tocaríamos com click para sincronizar com algumas tracks. Eu encontrei o restante da banda à 01 PM do dia do show, ensaiamos até quase 04 PM, e o show era às 07:30 PM. A parte mais desafiadora daquela noite foi tocar uma versão matadora de Bohemian Rhapsody com o click e uma banda de músicos que eu tinha conhecido haviam menos de 6 horas. Tocamos sem erro algum e foi um sucesso absoluto.

Quanto à pior gig, eu realmente não consigo pensar em nenhuma em particular que se destaque, o que provavelmente é algo bom.

IK: Houve algum momento na sua vida em que você fez uma decisão consciente de seguir a música profissionalmente?

JS∷ Eu comecei a dar aulas de guitarra com 16 anos para ganhar uns trocados e bancar minhas gravações e meu vício de comprar equipamentos, e acabei ficando tão ocupado fazendo isso que continuei dando aulas por muitos anos depois, tendo sempre algo em torno de 60-70 estudantes. Eu acho que começar a ensinar tão jovem me fez perceber que poderia realmente ganhar a vida na música, de forma que abri o leque de apenas dar aulas para tocar em gigs, sessões, produção, composição, etc….

IK: Algum conselho para os músicos que estão começando na guitarra?

JS: Eu sei que isso vai soar estranho vindo de um cara que faz tantos vídeos sobre criar timbres de guitarra, mas eu encorajaria os músicos iniciantes a não ficarem presos na busca infindável por novos equipamentos como um meio para se tornar um músico melhor. Parece que hoje em dia, com tantos equipamentos disponíveis, é fácil passar mais tempo procurando e testando equipamento do que de fato tocando e se aprimorando como músico. Eu também percebo que esta resposta é algo como um "cobertor molhado.

IK: Você pode nomear 3 guitarras favoritas que você tem e por que?

JS: Eu sou endorser da Vigier Guitars e tenho muita sorte de ter uma bela seleção dos seus melhores instrumentos. Eu devo dizer que elas são realmente os mais finos instrumentos que já toquei. Eu AMO minha Vigier Expert, que é a versão deles para uma guitarra estilo Strato. Minha Vigier G.V.Wood Hollow é outra das minhas favoritas. Eu também tenho um violão acústico Colling OM2H simplesmente maravilhoso que é pura alegria de tocar. Acho que se eu tivesse que restringir minha bastante grande coleção de instrumentos, estes seriam os meus favoritos, mas me reservo o direito de mudar esta resposta conforme o dia e o meu humor.

IK: Como seria o equipamento que você levaria para uma ilha deserta? Você pode escolher apenas 1 amplificador, 1 gabinete, 1 guitarra e 3 pedais.

JS: Que pergunta mais cruel é essa? Rsrsrs, OK, o amplificador seria meu Budda Superdrive SD30 série 1 original com seu próprio gabinete com falantes Budda Phat. Meu bom amigo e incrível técnico de amplificador Jeff Bober é a mente por trás dos amplificadores Budda e eu preciso dizer que acho que esse é um dos melhores amplificadores já feitos. A guitarra seria minha Vigier Expert. Para os pedais, eu levaria meus X-TIME, X-SPACE e X-VIBE da IK Multimedia. Isso me daria praticamente qualquer efeito que eu pudesse precisar.

IK: O que você procura em um amplificador de guitarra?

JS: Pegue o previamente mencionado Budda Superdrive 30, o que eu mais amo é o quão versátil ele é. Ele pode fazer tudo, dos belos cleans brilhantes a ótimos timbres levemente rasgados e maravilhosos timbres pesados. Então eu diria que versatilidade é a chave, mas nenhum amplificador sozinho vai me dar tudo que eu preciso para todas as situações, o que me leva de volta àquela pergunta extremamente cruel da ilha deserta que me permitiria levar apenas um amplificador. Essa situação é simplesmente cruel demais para considerar. Falando sério, se eu tivesse que ter apenas um amplificador, eu iria querer algo capaz de cobrir o maior número possível de bases tonais, mas eu preferiria ter uma grande seleção de diferentes “sabores” de amplificadores.

IK: Quão importante é o equipamento?

JS: Obviamente, equipamento é importante até certo ponto, mas parece que hoje em dia com tantas opções isso pode ser algo opressor a ponto dos músicos gastarem mais tempo procurando e experimentando equipamentos do que realmente tocando e melhorando. Eu acho importante que os músicos possam desligar o modo “equipamento” de seus cérebros e apenas tocar com o que está na frente deles no momento para experimentar e fazer funcionar. Nesse caso, obviamente você precisaria de equipamento que esteja no mínimo no estádio do que é necessário para o objetivo final, mas quando você tem isso, às vezes é bom parar de pensar em equipamentos e começar a tocar.

IK: Você tem mais de 1,000 vídeos no seu canal do YouTube. O que te inspirou a começar um canal no YouTube?

JS: Estranhamente, eu nunca planejei para que se tornasse o que se tornou. Eu comecei a postar vídeos tocando covers de alguns dos meus solos favoritos de guitarra para me desafiar a estudar rapidamente alguns solos bem difíceis e postá-los. Estes vídeos de covers começaram a ganhar atenção e eu comecei a receber muitas mensagens com questões sobre como eu criava meus timbres para aqueles vídeos. Foi isso que me levou a começar a fazer os vídeos sobre criação de timbres e aqui estamos agora.

IK: Seu canal do YouTube traz uma série de vídeo tutoriais de equipamento. Como essa paixão por estudar equipamentos e ajudar os outros a usar tecnologia surgiu?

JS: Como mencionado acima, foi realmente porque eu estava recebendo muitas perguntas da audiência. Originalmente, eu não percebi o quanto eram necessários vídeos tutoriais deste tipo, mas após ouvir de literalmente milhares de pessoas ao longo dos anos, se tornou evidente que era de fato uma necessidade. É incrível ouvir tantas pessoas que me dizerem que um vídeo em particular resolveu um problema que elas tinham ou que as ajudou a tirar mais dos seus equipamentos.

Não tenho de fato certeza o que acendeu minha paixão por aprender sobre equipamentos, mas desde muito novo é algo que eu amo de verdade. Meu pai me comprou meu primeiro gravador de 4 pistas quando eu era bem novo e isso me abriu o caminho para aprender sobre a arte de gravar e criar timbres.

IK: Além de criar vídeos para o YouTube, em que projetos de música você está atualmente trabalhando? (gigs, sessões, álbuns, etc…)

JS: No momento, tenho 7 álbuns solo de estúdio da minha música instrumental de guitarra lançados. Nesses álbuns, fui abençoado com o prazer de trabalhar com músicos como Marco Minnemann, Tony Levin, Bryan Beller, Gregg e Matt Bissonette, Kenny Aronoff, Ric Fierabracci, etc…. Muitas dessas pessoas se tornaram bons amigos e pessoas com quem pretendo trabalhar novamente no futuro. Dito isso, quero começar a compor outro álbum solo, mas encontrar tempo junto com todo o resto ultimamente tem sido um desafio. Vai acontecer, apenas não sei bem quando. Além disso, faço sessões e gigs regularmente.

IK: Onde você acha que o equipamento de guitarra vai parar? Alguma previsão?

JS: Isso pode parecer uma desculpa para não responder, mas de fato tento não pensar nisso. Eu gosto de trabalhar com o equipamento que está disponível agora e tento não perder de vista o fato de que o equipamento é apenas uma ferramenta para criar música. Dito isso, fico sempre muito animado quando lançam um novo equipamento que eu sinto que vai me ajudar a chegar no meu objetivo final de criar música matadora.

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